Depoimentos

'Combinado', diz motorista sobre influencers acusadas de racismo

Elas também negaram ter cometido racismo contra crianças

Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves estão sendo investigadas por racismo
Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves estão sendo investigadas por racismo |  Foto: Lucas Alvarenga
  

As influenciadoras Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves negaram, na manhã desta segunda-feira (12), em depoimento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Centro do Rio, que tenham cometido o crime de racismo no vídeo em que aparecem entregando uma banana e um macaco de pelúcia para crianças negras de uma comunidade de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. O motorista Evaldo Jesus Faria, de 50 anos, também esteve na delegacia e afirmou não ter se sentido ofendido, além de relatar que o vídeo no qual aparecer com elas foi "combinado". 

Segundo informações do portal ''G1"', as influenciadoras afirmaram também que todas as situações dos vídeos que elas postam são combinadas com as pessoas com as quais interagem, inclusive as crianças. A mãe da criança que recebe a banana já foi ouvida pela polícia, enquanto a outra responsável deve depor nos próximos dias. Por envolver menores de idade, a delegada da Decradi, Rita Salim, achou melhor tornar o caso sigiloso.

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O motorista Evaldo Jesus depôs sobre o vídeo em que Kérollen e Nancy aparecem dentro do seu carro e, durante a viagem, elas reclamam sobre um "cheiro de podre" e de "bicho morto". Segundo as influenciadoras, esse mau cheiro era devido ao cabelo do motorista.

Além de negar que tenha sentido ofendido, Evaldo revelou aos jornalistas, na saída da delegacia, que antes delas gravarem os vídeos, elas perguntaram se ele gostaria de participar.

Em nenhum momento você é pego de surpresa porque tudo é combinado antes. Elas não fazem conteúdo sem explicar os detalhes do que vai ser feito. Não me senti ofendido. Estava consciente, tanto é que dirijo para elas. Acho que é um mal-entendido da mídia" , contou o motorista
  

Evaldo também minimizou o caso relacionado às crianças. Segundo ele, tudo não passou de um "mal-entendido" pela sociedade.

"Acho que foi um mal-entendido porque ela só tinha banana em casa, e ela iria sair para fazer o trabalho. Aí o menino chamou elas e falou: 'Tia, grava comigo'. Ela falou que tinha a banana e ele sabia que tinha a banana antes de gravar", disse o motorista. 

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